domingo, 16 de agosto de 2009

I am entirely and deeply sick of shadows. The problem is that they cover everything and they are the very substance that make us all. We are nothing but shadows.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

"I am half-sick of shadows"

sábado, 7 de março de 2009

Uma nota sobre ciência e ceticismo

Eu odeio a palavra, mas, tenho que confessar, sou uma cientista. Mirim, vá lá, mas já estudei mais epistemologia do que muito PhD (sou intelectualmente metida mesmo). Claro que minha ignorância é colossal e não sei, não li e não entendo muita coisa. E de muita coisa me afastei de propósito, não li porque não quis, não ouvi porque não quis. E não tenho vergonha disso. Tenho meus limites e cheguei a conclusão que só quero aprender certas coisas.
Portanto, apesar da minha enorme ignorância, em parte proposital, acho que tenho condição de questionar algumas coisas. O que vou questionar, aqui, são os céticos. Um tipo em particular de cético. Aquele tipo que gosta de desacreditar tudo que não é ciência (não são todos assim, eu sei, mas infelizmente esses são os mais famosos), e que chamarei de Quededos.
Quededos abundam por aí. Abundam nos corredores universitários. Abundam na internet. Abundam na Skeptical Society. Abundam nos botecos. Não questiono a visão de mundo deles (embora não concorde). O que eu questiono é porque eles se acham capazes de dizer que tudo que não é ciência é mentira ou ilusão e porque a maneira que eles percebem o mundo deveria ser promovida.
Vamos começar do começo. O que é cético?
"member of an ancient Gk. school that doubted the possibility of real knowledge"
Não li nada dessa escola grega. Não garanto. Mas esse é o conceito de cético adotado atualmente (já vi em diversos lugares). Mas me diz então, se você duvida da possibilidade de se adquirir um real conhecimento, como é que você pode utilizar o seu conhecimento para dizer que o conhecimento de outras pessoas não parece ser verdade? Segundo a Skeptical Society, adotar o "só sei que nada sei" é estéril e improdutivo. Se fôssemos céticos de tudo, teríamos que ser céticos até do ceticismo. O moderno ceticismo, então, se baseia no método científico. Então, colega, na minha visão, você não é cético. Você é fertil (sim, perpetue seus genes) e produtivo (afinal, você tem que ter publicações internacionais em revistas com grande índice de impacto). Você acredita no método científico. Não adianta dizer que as respostas são provisórias. A questão é que o método, em linhas gerais, não está sendo questionado. Os Quededos partem do princípio que o método científico é a melhor forma ( e unica) de nos aproximarmos da realidade. Mas o método científico parte de certos pressupostos, de uma forma de interpretar a realidade. Méritos e evidências a parte, acredite nele por sua conta e risco.
O problema é esse. Você pode acreditar no método científico, claro, assim como nas vacas sagradas (que eles adoram mencionar de forma divertida - talvez seja esse meu problema com os céticos, seu senso de humor finíssimo e racional que eu não acho nem um pouco engraçado). No fundo, é uma questão de fé, é uma opção, uma forma a mais de ver o mundo. Esse é o ponto que me incomoda. Usar essa fé na metodologia científica para desacreditar outras visões de mundo, baseadas em outras fés. Você pode acreditar nisso, e até tentar convencer os outros, mas admita que é só mais uma crença. Não tem ceticismo aí. Livre mercado. Que ganhe a melhor. Ou todas, o que para mim parece ser o melhor.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O que eu, Snoop Dogg, Eliane Giardini e Bela Lugosi temos em comum?
aaaaaaaaaaaah vai trabalhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar (essa é para mim mesma).

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Será o fim das divagações? Espero que sim :)

Nós temos nossas limitações e não podemos apreender a realidade - uma, duas, várias, relativas, absolutas, últimas, o que for. Como já disse Morin, querer entender tudo, ter respostas para tudo, é uma neurose. Das graves. É querer o que está além de nós (pelo menos no presente momento), e um insulto à realidade, e à diversidade. O melhor a fazer então é relaxar, ser feliz e amar o mundo inteiro - e fazer o possível, e o impossível, para que os outros também sejam felizes. Isso certamente não é fácil e exige muito esforço, dedicação e trabalho, além de deixar o egoísmo de lado - o que causa um sofrimento enorme, pelo menos para mim. Não consegui até hoje, mas se Indra levou 100 anos e eu só tenho um quarto disso, acho que ainda tenho chance :)