quinta-feira, 10 de julho de 2008

Poder

Escondem seus filhos
em meio ao pó
e do pó saem
vão para a guerra

Tenebrosos guerreiros
ultrapassam barreiras
vão além das fronteiras
conquistam o mundo

Em novos territórios
novas reproduções
adiante gurreiros!
há mais luta a frente!

E se degladiam
e se matam
pois a comida é escassa
e seus filhos perigam

Mas olhem para cima tenebrosos!
Olhem guerreiros!
O mundo sacode
O mundo desaba!

A grande mão se aproxima
A luz é intensa demais
Eles não conseguem mais enxergar

Ou finalmente conseguem enxergar?

Tenébrios, lá vem o sabiá!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Sempre leio coisas que acho que deveria divulgar (embora, obviamente, elas se divulguem muito mais em seu meio de divulgação original :), mas acabo esquecendo. Então, dessa vez, embora devesse estar escrevendo outras coisas, não resisti e estou um postando um trecho de um texto do Edgar Morin, que é um homem sem definições e com textos muito interessantes em áreas diversas. O trecho seguinte é do texto " Au-dela de la globalisation et du developpement, société-monde ou empire-monde?" (que tem uma versão em português a que não tive acesso), e para quem puder, acho realmente que vale a pena ler:

"A pior ameaça e a maior promessa chegam ao mesmo tempo neste século. Em uma ponta, o progresso tecno-científico oferece possibilidades de emancipação até agora desconhecidas frente às limitações materiais, de máquinas, de burocracias, e às limitações biológicas da morte e da doença. Na outra ponta, a morte coletiva por armas nucleares, químicas, biológicas e pela degradação ecológica sombreia a humanidade: uma idade de ouro e uma idade de horror se apresentam ao mesmo tempo ao nosso devir. Poderão se misturar na continuação, a um nível sociológico novo, a idade do ferro planetário ou a pré-história do espírito humano...
A esperança?
[...]
É possível manter a esperança na desesperança
Juntemos a esse apelo a vontade frente ao grande desafio. Ainda que quase ninguém tenha ainda a consciência, jamais houve uma causa assim tão grande, tão nobre e tão necessária como essa agora posta para a humanidade, de inseparavelmente sobreviver, viver e se humanizar."
Perdoem as esquisitices da tradução, mas acho que no geral dá para entender.