segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Estabelecendo limites de crítica

Uma das coisas mais difíceis para mim é aceitar críticas. Não que eu me importe de recebê-las, a questão é aceitar ou não. Tento levar em consideração o que as pessoas falam, mas elas são muitas, e frequentemente contraditórias. Não dá para agradar todo mundo - e acho que isso é óbvio. Por outro lado, não dá para se fechar em uma concha e não levar nada em consideração. Ao mesmo tempo que tento ser aberta às opiniões alheias, tenho um conceito muito baixo a respeito da capacidade da maioria das pessoas de me dizer algo que valha a pena. E fico então com uma desagradável sensação de prepotência, se ignoro os outros, ou de ter perdido meu chão, se aceitar o que dizem. Mas tenho tendido à prepotência, coisa que odeio, porque não me parece haver muita opção. Tenho que ter um sistema moral e de objetivos que justifiquem minha existência, do contrário eu não faço mais sentido. Posso aceitar (quase) qualquer um, do jeito que for, mas tenho que me aceitar também. Posso ser meio louca, e completamente do contra, mas é assim que eu sou. Posso ser melhorada ou piorada, mas não mudada.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Dawkins

Essa é uma mini resenha que eu tentei mandar para o submarino a respeito do livro Richard Dawkins, Deus, um delírio. Para quem não sabe, ele é alguém que me irrita e cujas idéias e, principalmente, a forma de transmití-las, eu abomino. Se alguem achar um bonequinho dele, pode me dar para eu fazer um vuduzinho. Aí quero ver se ele vai continuar tão "racional", como dizem por aí (por favor, é apenas uma piadinha... )

"Com uma prepotência irritante que se inicia na primeira página e só termina na última, Dawkins esbanja sua deficiencia epistemológica e em ciencias humanas em geral, principalmente filosofia, sociologia e antropologia. Ele torna um assunto que poderia ser de extrema importancia - não a existencia de Deus, mas o questionamento da religião - em um papo de boteco. É a opinião dele, nada mais, que para mim tem muitas poucas bases e algumas distorções. Também não tenho muita base para sugerir leituras, mas acho que alguma coisa de Stephen Jay Gould (a falsa medida do homem), Carl Sagan (bilhoes e bilhoes), Edgar Morin (qqer um sobre teoria da complexidade) e do Dalai Lama (qqer um que mencione os fundamentos do budismo e fale sobre ciencia e religiao)já é suficiente para que quem tenha gostado desse livro faça algumas reflexões a mais."

Ateus, por favor, encontrem um representante melhor!!! Vcs merecem!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Paradoxo do dia

Porque toda vegetariana chata adora bota de couro ou camurça? Alguém avisa que matar bicho para pisar em cima também aumenta o karma?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Eleições...

As eleições se aproximam... e apesar de em grande parte ter virado palhaçada, por favor não desistam!!!!
Os políticos não são todos iguais, não mesmo. E o que mais está ao nosso alcance é o voto. Portanto, vamos tentar fazer um pouco mais além de reclamar do governo, de forma genérica, e indicar as pessoas que queremos que façam parte desse governo. Somos nós que colocamos eles lá!
Portanto, antes de votar, se esforcem um pouquinho e pesquisem sobre o candidato. A maioria tem as propostas na internet e alguns tem o histórico no Transparencia Brasil (http://www.transparencia.org.br/index.html). Mas de qualquer forma, uma busca rapida na internet ja revela muita coisa.
E para quem tiver em duvida sobre o prefeito de niterói... não poderia deixar de sugerir o Paulo Eduardo Gomes (http://www.pauloeduardo.com.br/index.php), que tem sido um dos poucos vereadores da cidade que tem prestado, e que imagino que possa fazer mais como prefeito. Como muita gente nem sabe que ele existe, nao custa conhecer :) E se gostarem, passem a mensagem adiante!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Poder

Escondem seus filhos
em meio ao pó
e do pó saem
vão para a guerra

Tenebrosos guerreiros
ultrapassam barreiras
vão além das fronteiras
conquistam o mundo

Em novos territórios
novas reproduções
adiante gurreiros!
há mais luta a frente!

E se degladiam
e se matam
pois a comida é escassa
e seus filhos perigam

Mas olhem para cima tenebrosos!
Olhem guerreiros!
O mundo sacode
O mundo desaba!

A grande mão se aproxima
A luz é intensa demais
Eles não conseguem mais enxergar

Ou finalmente conseguem enxergar?

Tenébrios, lá vem o sabiá!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Sempre leio coisas que acho que deveria divulgar (embora, obviamente, elas se divulguem muito mais em seu meio de divulgação original :), mas acabo esquecendo. Então, dessa vez, embora devesse estar escrevendo outras coisas, não resisti e estou um postando um trecho de um texto do Edgar Morin, que é um homem sem definições e com textos muito interessantes em áreas diversas. O trecho seguinte é do texto " Au-dela de la globalisation et du developpement, société-monde ou empire-monde?" (que tem uma versão em português a que não tive acesso), e para quem puder, acho realmente que vale a pena ler:

"A pior ameaça e a maior promessa chegam ao mesmo tempo neste século. Em uma ponta, o progresso tecno-científico oferece possibilidades de emancipação até agora desconhecidas frente às limitações materiais, de máquinas, de burocracias, e às limitações biológicas da morte e da doença. Na outra ponta, a morte coletiva por armas nucleares, químicas, biológicas e pela degradação ecológica sombreia a humanidade: uma idade de ouro e uma idade de horror se apresentam ao mesmo tempo ao nosso devir. Poderão se misturar na continuação, a um nível sociológico novo, a idade do ferro planetário ou a pré-história do espírito humano...
A esperança?
[...]
É possível manter a esperança na desesperança
Juntemos a esse apelo a vontade frente ao grande desafio. Ainda que quase ninguém tenha ainda a consciência, jamais houve uma causa assim tão grande, tão nobre e tão necessária como essa agora posta para a humanidade, de inseparavelmente sobreviver, viver e se humanizar."
Perdoem as esquisitices da tradução, mas acho que no geral dá para entender.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Capitulo 2

O homem sujinho da camisa do fuminense saiu andando, e Joaquina foi atrás. Depois de uns cinco minutos em silêncio para se dar conta do que estava fazendo, ela achou melhor começar a fazer algumas perguntas. Vai que ela estava seguindo um psicopata? Achou melhor começar do mais simples - perguntar o nome dele. E a resposta foi das mais inesperadas:
- FERRAÇO
- Anh? Isso é nome? Só se for de companhia siderúrgica.
- Nem me conhece, te dou uma chance, e você me enche o saco. Mulher é uma merda. Você não viu a novela?
- Vi, mas esse nome não existia antes. Aliás, nem existe porque até na novela o nome era falso! Vai dizer que o nome da tua irmã é MARIA PAULA?
- Putz, como você sabe? Minha mãe adorava a novela, todos os nomes dos meus irmãos são da novela, somos quadrigêmeos, sabe? Meus outros irmãos são o Juvenal e a Branca.
- Mas a novela acabou de passar!!!
- E daí? Se você não é esperta para entender, então precisa ler algo além de Caras.
- E como vc sabe que eu leio Caras???
- Tá na tua cara heuaheuaheu! Gostou? Cara - caras - entendeu? Muito boa né não?? hehe
Joaquina ficou intrigada! Ele sabia mais sobre ela do que qualquer vidente! Precisava saber mais.
- Para onde vamos?
- Agora? Já estamos chegando.
Eles andaram mais uns 500m e entraram em um prédio tão sujo quanto o Ferraço. Subiram alguns lances de escada, e entraram em um quartinho. Era um lugarzinho bem normal. Uma cama, um armário, uma mesa com uma caixa de pizza meio comida. Em cima da cama, uma mala e uma GAIOLA com um TEXUGO.
- Opa! beleza, ta tudo pronto. Leva o bicho que eu levo a mala.
- Anh? Para que isso? É... anh. Estou confusa. Que eu faço com um texugo???
- Ah, ta achando que vai FANTOCHAR o bicho? Você ta maluca? Isso aqui é coisa séria. Fica quieta, sem perguntas, cata o bicho e vamos. Estamos atrasados. O carro já chegou.
Vocês devem estar pensando como depois dessa Joaquina ainda tinha coragem de seguir aquele cara. Mas a verdade é que ela realmente estava acreditando que aquilo tudo era predestinado. E além do mais, ela não tinha nada a perder.
Desceram as escadas correndo e havia um furgão preto esperando. Ao abrir a porta, alguns homens musculosos e tatuados de camisa justinha imediatamente olharam para ela e começaram a dizer "Ie! Ie!". Olhou um tanto deseperada para o Ferraço.
- Eles estão te cumprimentando. Responde!
Ela sorriu desajeitadamente para os musculosos.
E eles repetiram: "Ie!Ie!"
- Eles não falam outra coisa? - ela perguntou para o Ferraço.
- Ué, o que mais eles iam falar? Eles são os "GUARDAS DO IE-IE-IE"!
- Anh??? - agora ela estava se assustando de verdade.
- Vai dizer que não conhece? É uma banda mega famosa no cenário underground!
Ela estava confusa mesmo. E ele achando que ia melhorar:
- Eles cantam músicas famosas só fazendo ie-ie-ie...ah, esquece. Entra aí que eu vou lá na frente.
Ela não gostou da idéia, mas se sentou lá. Foi difícil se ajeitar lá com a gaiola. E mais difícil ainda foi aturar uma eternidade de viagem com altas conversas na base de uma palavra só (ie). Mas a tortura finalmente acabou, e ao sair ela descobriu que estava no aeroporto internacional. O Ferraço veio abrir a porta, e a levou até o balcão de uma companhia aérea.
- Chegamos na fila. Ta aqui a mala, o texugo e... toma a passagem. Faz o check-in, faz sua viagem tranquila e não larga esse texugo de jeito nenhum. Entendeu?
- Não...
-Ótimo. Agora to indo. Quando chegar lá, fique na saída esperando, que a GÓTICA vai vir te buscar.
- Mas...
- Não larga do texugo
- É que ...
- Nem pense. Gruda no texugo.
- E...
- Bom, to indo. Boa viagem.
Ela tentou fazer mais algumas perguntas, mas ele saiu correndo. Ela não sabia nem o que pensar. Só sabia que ia levar essa história toda até o final.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Capitulo 1

Joaquina era uma menina crédula. Todos os dias ela lia seu horóscopo no jornal e na internet. Já tinha consultado o tarô cigano, borra do café, runas, leitura de mão e outras coisas que nem é bom ficar falando por aí. Embora nem ela soubesse, isso acontecia porque ela achava que tinha uma vida normal demais. O que a levava adiante era a esperança de que algo de grande ainda aconteceria. Ela ainda ganharia na mega sena com o numero do biscoito do sorte. Ela ainda esbarraria na rua com o seu amor de cinema. Ela ainda ia ser miss universo, mesmo estando meio passada. Era só esperar. Todas as videntes haviam confirmado. E ela ainda havia lido O Segredo: o Universo conspirava, ela seria grande. Grande, mas não gorda, porque Mãe Soraia havia jurado que ela estava gostosa no seu Valentino no dia em que ela casaria com o Brad Pitt. E assim ela esperava sinais por toda a parte. Tudo queria dizer alguma coisa.
Secretária de um escritório qualquer, responsável pela representação de algum produto desnecessário, não fazia quase nada quase o tempo todo. Nem assediada pelo chefe ela era. Ficava então lendo Caras para passar o tempo.
Mas um dia, ao ler uma edição especialmente chata, ela caiu no sono. Dormiu, e sonhou com um SACO DE DORITOS. Mas ao abrir o saco, não era só salgadinho de milho que tinha lá dentro. Tinha um anel, e dentro do anel, uma folha de papel rosa enrolado. E ao desenrolar, ela viu o endereço e o telefone do Brad. Ele estava cansado da Angelina, e tinha aceitado participar de uma promoção da Elma Chips. Apenas um anel seria posto em um pacote de doritos, que era o preferido dele. A primeira mulher que o ligasse e dissesse a frase secreta escrita no papel seria sua noiva... Ela leu a frase, e ficou tão empolgada no sonho que acordou gritando: "Little purple elephant eats striped beans and watermelon!"
Ainda na empolgação do sonho, se despencou escada abaixo e foi no boteco da esquina comprar doritos. Lá mesmo abriu o pacote e voou doritos por todo bar. Mas não tinha nenhum anel dentro. Desesperada, se jogou ao chão e começou a chorar. E chorou, e chorou, chorou até sentir um CHULÉ tão insuportável que teve que levantar a cabeça para ver o que era. Levantou e viu um homem pequenino e sujo, vestindo uma camisa furada do FLUMINENSE e com uma mochila gigantesca. Ele olhou de volta e perguntou: "Tudo bem?" E ela obviamente disse que não, recebendo a mais inesperada das respostas: "Vem comigo!"
E ela não pensou duas vezes. Ela era fluminense doente e só a força do universo podia produzir aquele chulé tão potente, para tirá-la de sua perdição! Eram sinais. E ela iria seguí-los!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Que comece a novela!

O transito me da dor de cabeça, as pessoas me irritam, o que nao posso resolver me deixa louca e o que ja resolvi me deixa entediada. Enquanto isso, tive uma idéia. Deixem uma palavra qualquer nos meus comentários. Vou começar a escrever uma novela e cada capitulo vai ter que incluir todas as palavras (até um máximo de cinco) sugeridas nos comentarios da postagem anterior. Estou no aguardo...

terça-feira, 29 de abril de 2008

Nariguinha meu amor


Minha gatinha querida, espero que saiba o quanto te amo e o quanto eu gostaria de ter ficado mais tempo com você. O quanto eu gostaria de ver você crescer e aproveitar sua vidinha. Por favor me perdoe por qualquer coisa que tenha feito. Meu anjinho, espero que você agora esteja bem, livre do sofrimento, feliz e alegre. Muito obrigada por ter feito parte da minha vida, ainda que por tão pouco tempo. Te amo muito minha fofinha. Nunca vou esquecer da minha guerreirinha.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Para começar...

Não me sinto inspirada hoje. Ontem já espremi dez páginas dos meus parcos neurônios e eles estão cansados e vazios. Mas sinto que preciso escrever. Tenho a sensação de que se minha primeira postagem não saísse hoje, ela não saíria mais. E isso seria terrível.
Pois embora eu goste de escrever artigos, seja para revistas científicas ou para disciplinas, eles me cansam. As idéias me ocorrem em profusão e não posso soltar as rédeas, porque o que escrevo tem que fazer e ter um sentido, tem que seguir um método, deve apresentar um embasamento teórico, entre muitas outras amarras cartesianas, tão criticadas, mas que não somem.
E preciso de um espaço para despejar tudo aquilo que pulula dentro da minha cabeça a ponto de me dar aflição. Se são coisas que valem a pena ser lidas? Não sei. Eu adoro ler o que passa pela cabeça dos outros, então eu me daria uma idéia se não fosse eu :). Mas talvez essa não seja a questão.
Pensamentos não existem até se traduzirem em trabalho muscular, no caso, o catar milho dos meus dedinhos. E eu acho que eles tem o direito de existir. Tenho dúvidas se alguma coisa realmente tem uma finalidade, mas acredito que tudo merece existir. Então porque não minhas ateninhas?
Como disse Oscar Wilde, a única coisa necessária é o supérfluo.
E claro que é, do contrário nada seria.